Mt. 26.1-5, 14-16. Quarto dia, quarta-feira.
Dois dias antes da páscoa. Jesus anuncia que será traído e
crucificado; depois de deliberações o Sinédrio decide matar Jesus usando de
sutileza. Aproveitando que o mestre se retira, Judas faz um acordo com os
lideres judeus para traí-lo.
5º. Dia. Páscoa. Quinta feira (Mt 26.17-19)
A última ceia e a páscoa [Archaeological Study bible, p.
1611]
Lembremos de Êxodo 12 que relata as mortes de todo
primogênito homem no Egito, exceto aqueles nascidos israelitas, a quem Deus
poupou, ou “passou adiante” quando o anjo vingador viu o sangue de cordeiro na
suas portas. Assim, a Páscoa era a festa anual comemorando o livramento
milagroso dos Israelitas da escravidão egípcia. Todo ano, milhares de judeus
do primeiro século faziam uma peregrinação para Jerusalém para celebrar este
dia santo (o 14º de cada primeiro mês). A celebração da Páscoa envolve um sacrifício
em beneficio de cada membro da família presente, seguido por uma refeição
sacrificial consistindo em pão ázimo, ervas amargas e vinho. Isto era
comemorativo da necessidade de se preparar para deixar o Egito depressa no
tempo do êxodo (não havia tempo de deixar a massa crescer).
A última ceia de Jesus foi uma refeição pascal:
- A refeição foi consumida à noite, o qual era a hora para a
celebração da Páscoa.
- beber vinho era obrigatório na Páscoa, e vinho foi central
na última ceia;
- Um hino era cantado na Páscoa, como mostra Mt 26.30.
Mas havia algumas diferenças, indicando que Jesus estava
transformando a Páscoa e criando uma nova instituição para a nova aliança:
- Jesus tendo a refeição com seus discípulos implica que a
igreja é a família de Deus (ver outra refeição: Mc 3.31-34: “olhando em redor
para os que estavam assentados junto dele, [Jesus] disse: Eis aqui minha mãe e
meus irmãos.” (v.34)
- Jesus poderia muito bem ter usado pães ázimos na Última
ceia, mas os Evangelistas podem ter usado a palavra ordinária para pão para
evitar a implicação de que fosse essencial comer a Ceia do Senhor com pães
ázimos.
- a falta da menção de um cordeiro é provavelmente
significante. Jesus estava apresentado ele mesmo como o cordeiro sacrificial da
nova aliança.
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