segunda-feira, 18 de março de 2013

Evidências da Ressurreição II



↘A Palestina nos tempos de Jesus.


                O termo “Palestina” é derivado dos inimigos tradicionais de Israel, os filisteus, e era o nome da província romana. “Israel” e “Judá” eram estados que surgiram na região.

                O Império romano no século I era considerado um império mundial. A Palestina estava situada no extremo leste do mundo romano, na vasta região que se estendia da Grécia ao Egito em que a cultura grega e o dialeto comum grego tinham se espalhado como resultado do comércio e da colonização.


          Herodes, o grande começou a reinar sobre a Judéia em 37 a.C com o título de nobreza de “Rei da Judéia”. Herodes teve o favor do imperador Augusto e governou durante um longo tempo. Reinou energicamente por 33 anos e promoveu o partido dos herodianos (Mt 22.16, Mc 3.6, 12.13). Herodes foi um grande construtor que começou a reconstrução do templo de Jerusalém (Jo 2.20) em cerca de 20 a.C. Essa construção tinha a intenção de ser um calmante para os judeus, mas Herodes também construiu o porto de Cesaréia como sinal de sua afeição por Roma. Foi a esse templo que Jesus faz sua última visita antes de sua morte.




               Quando Herodes, o Grande, morreu em 4. a.C, seu reino foi divido entre três de seus filhos. Herodes Antipas recebeu a Galiléia e o título menor de tetrarca. Viveu como judeu confesso e nutriu certo respeito por João batista (Mc. 6.20).
                Mais tarde, a partir de 6 d.C, a Judéia foi colocada debaixo de um procurador romano. Esse procurador também era responsável por nomear o sumo sacerdote, mantendo uma relação estrita entre as elites religiosas judias e os romanos.
                Caifás foi um sumo sacerdote por volta do ano 30 d.C, na época do fim do ministério de Jesus.
                Pôncio Pilatos era procurador, que atuou de 26 a 36 d. C. sua administração foi truculenta, covarde e marcada por sutilezas, como podemos ver no processo de Jesus.

               A arqueologia ajudou a comprovar o texto bíblico comprovando a existência de Caifás e Pilatos através do Ossuário de Caifás e pela inscrição de Pôncio Pilatos em Cesaréia.
na segunda linha lê-se "VSPILATVS", texto corrompido de PONTIUS PILATUS


1a. Linha: Tiberieum
2a. linha:[Pon] tius Pilatus
3a. linha: [prae]ectus Iude[eae]
Acredita-se que a frase inteira seria: "Pôncio Pilatos, o prefeito da judeia, dedicou às pessoas da Cesaréia um templo em honra a Tibério."
Esta é a única inscrição em pedra conhecida a mencionar Pôncio Pilatos e confirmar o título dado a ele, anteriormente somente conhecido do Novo Testamento. 

A viagem de Jesus da Galiléia até Jerusalém. 

A última semana de Jesus vivo começa com sua entrada em Jerusalém.
Jerusalém ficava no alto da cadeia de montes que forma a espinha dorsal da Judéia. Para os judeus, a cidade de Jerusalém é o umbigo da terra, situada no meio dos povos, com as nações ao seu redor.
Aqueduto de Pôncio Pilatos em Cesaréia
Uma vez que é completamente cercada de montes, quem desejava chegar a Jerusalém tinha que subir. Apesar da cidade ficar próxima de uma rota que, passando pelo centro da Palestina, se estendia de Hebron, no sul, até Samaria, ao norte, essa via só era usada para o comércio interno.
Os recursos naturais da região ao redor de Jerusalém eram limitados. Havia pedras em abundância, mas nenhum metal, e a argila era de qualidade inferior. Lã e couro eram produzidos graças à criação de ovelhas e gado, mas a maior parte dos cereais de Jerusalém tinha de ser trazida de fora.

A cidade possuía apenas uma fonte importante de água, a fonte de Siloé, na parte sul. A água tinha de ser coletada em cisternas ou trazidas de lugares mais distantes por aquedutos. Um desses aquedutos, com cerca de 80 km de extensão, foi construído por Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia. 


          Uma vez que a maioria dos produtos agrícolas vinha de fora, o custo de vida em Jerusalém era alto. Animais domésticos e vinho eram mais caros na cidade do que no campo e as frutas custavam seis vezes mais em Jerusalém.
          O elemento principal da cidade de Jerusalém no primeiro século era o Templo do Senhor, reconstruído por Herodes, o Grande, de 19 a.C em diante.
Somas consideráveis de dinheiro eram injetadas na economia da cidade, especialmente durante as principais festas religiosas, a saber, a Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, quando Jerusálem ficava abarrotada de peregrinos. Além de trazerem ofertas para o templo e manterem o comércio de souvenires, os peregrinos enchiam as hospedarias, dormiam em tendas armadas fora da cidade ou se hospedavam em vilarejos vizinhos. Jesus, por exemplo, pernoitou em Betânia nesta última visita ao templo.
          Quando as obras do templo finalmente foram concluídas em 63 d.C, mais de dezoito mil operários ficaram desempregados. Jerusalém possuía diversos muros de 15 a 30 metros de altura, além de palácios e fortalezas.
Mais ou menos uma semana antes da Páscoa, Jesus inicia a viagem para Jerusalém: “Em seguida tomou Jesus à parte os doze, e disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e será cumprido tudo o que está escrito pelos profetas relativo ao Filho do Homem.” (Lucas, 18.31)       
          De todos os caminhos que Jesus percorreu em sua vida este é o que podemos seguir com mais precisão: o seu último caminho através da Palestina, o caminho de Cafarnaum a Jerusalém. A viagem da Galiléia, onde Jesus estava, leva, a pé, três dias.
       Jesus e seus discípulos seguiram pelos “confins da Judéia, além do Jodão” (Marcos 10.1). As margens do Jordão são cobertos por muito verde, com pequenos bosques. É uma jornada solitária, pois o vale do Jordão, onde faz um calor sufocante durante nove meses do ano, é pouco habitado.
Rio Jordão

          Jesus atravessa o Jordão e chega a Jericó (Lucas 19.1). Era uma cidade esplendorosa, com palácios, teatro e hipódromo, ornada de colunas de uma brancura ofuscante.
        Jesus passa a noite longe desse esplendor, na casa do publicano (coletor de impostos) judeu Zaqueu (Lucas 19.2 e seguintes). Teve que passar por Jericó, já que o caminho de Jerusalém passava por essa cidade.
          De Jericó a Jerusalém são 37 quilômetros. É um caminho poeirento, sem vegetação, a mil e duzentos metros de altitude. Da vegetação paradisíaca e do calor insuportável do sol tropical, nas margens do Jordão, passas-e imediatamente ao frio das montanhas nuas e desoladas.
          Esse caminho foi percorrido por Jesus e seus discípulos uma semana antes da Páscoa, época em que os judeus afluíam de longe em multidões para celebrar a festa na Cidade Santa.
          Chegados ao ponto mais alto e, portanto, quase ao fim do caminho, surge de trás do cume do monte das Oliveiras, como por encanto, a Cidade Santa. Podemos imaginar, por descrições daquela época, o espetáculo que Jerusalém ofereceu a Jesus e a seus discípulos.
         Exatamente em frente ao monte das Oliveiras ficava o templo, que sobrepujava em esplendor todos os outros edifícios. Sua fachada era ampla, com cinqüenta metros de altura, orientada para leste e inteiramente de mármore claro. Os ornatos eram de ouro puro. Colunatas limitavam os amplos pátios e vestíbulos.
         Junto ao lado noroeste do templo, erguia-se o Forte Antônia. Cada uma de suas poderosas torres nos cantos media trinta e cinco metros de altura. Na elevação maior, dentro da cidade, junto ao muro do ocidente, estava situada a residência de Herodes, igualmente armada de três torres. Daí partia essa longa muralha, através do oceano de casas, até o recinto do templo, dividindo o interior da cidade em duas partes.

      Essa cidade, em suas numerosas muralhas defensivas, muros e torres que rodeavam o templo, tinha uma atmosfera inexpugnável. O observador sentia como que um hálito de rigidez, inflexibilidade e intransigência ao contemplar Jerusalém. Estes atributos é que ajudaram Jerusalém a resistir durante mais de mil anos a todas as potências do mundo antigo.


 Bibliografia: Pano de fundo histórico e político do Novo Testamento. Harold H. Rowdon IN: Comentário Bíblico NVI, F.F. Bruce (org.), Ed. Vida.]

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