domingo, 11 de agosto de 2013

Jeremias 12 - parte II


Por quê prosperam os ímpios?

           Jeremias levanta, aqui no capítulo 12, uma questão antiqüíssima e importante até para os dias atuais: Por que prosperam os ímpios? A alma sensível do profeta não podia aturar o que via.
            Para entendemos com mais profundidade o que se está sendo afirmado no capítulo 12 que estamos estudando, devemos analisar o contexto imediato deste capítulo, o capítulo antecedente, 11. Assim conseguimos juntar um pouco de informação para compreender a resposta que Deus deu a Jeremias.

          Deve-se atentar para o fato de que os livros da bíblia não eram divididos em capítulos, como temos hoje. Eles eram escritos em rolos e feitos pra serem lidos inteiros ou em passagens mais amplas. A gente às vezes fica preso nesta divisão de capítulos e versículos e perdemos o significado.

Ali, no capítulo 11, ficamos sabendo de uma viagem que Jeremias fez à Anatote. Este era o local de seu nascimento, e conforme afirma o cap. 1, vs 1, esta uma cidade de levitas, onde ainda vivia a família de Jeremias; ele mesmo era filho de um sacerdote.
            Cada vez que Jeremias chegava à Anatote, notava a crescente oposição a ele. Primeiramente, ele notava isso pelas conversas; logo, as pessoas começavam a se afastar dele; e agora, elas começaram a insultá-lo na rua. Inclusive seus irmãos e familiares estavam neste grupo. 
            Quando Jeremias chegava em casa, era uma amabilidade só. Iam logo servindo o chazinho (ou chimarrão aqui pra nós do sul), trazendo as bolachas. Mas o Senhor lhe alertou: “Até mesmo os seus irmãos e a sua própria família traíram você e o perseguem aos gritos. Não confie neles, mesmo quando lhe dizem coisas boas.” (Jr 12:6, NVI).
Na verdade, não era contra Jeremias que seus compatriotas se opunham; era contra a Palavra de Deus, contra a mensagem que Jeremias transmitia. As pessoas de Anatote (e de toda Judá), não queriam saber de nada da pregação de Jeremias, nem queriam reconhecer seus pecados e apostasia com relação ao Senhor. Haviam tomado aversão ao homem que constantemente insistia nesses assuntos.
            Assim, Jeremias vivia cada vez mais separado de seus compatriotas e familiares. Esta separação ocorre sempre entre pessoas que querem aceitar o Evangelho e seguir o mesmo, e aquelas que não querem. O próprio Cristo afirmou que aqueles que seguissem o Evangelho seriam perseguidos e estariam contra pais, mães e irmãos. (MT 10.21-22).
            Jeremias estava inocente disto tudo: Leiamos Jr 11.19: “Eu era como um cordeiro manso levado ao matadouro; não tinha percebido que tramavam contra mim, dizendo: ‘Destruamos a árvore e a sua seiva, vamos cortá-lo da terra dos viventes para que o seu nome não seja mais lembrado’” (NVI).
            Jeremias, ao descobrir os planos de Deus, apresenta uma petição ao Senhor. Em Jr 11.20: “Ó Senhor dos Exércitos, justo juiz que provas o coração e a mente, espero ver a tua vingança sobre eles, pois a ti expus a minha causa.”
Trata-se de um processo judicial. Jeremias se via em uma situação em que seus direitos não mais valiam. Os juízes humanos estavam mancomunados com aqueles que planejavam lhe matar. Os mecanismos de justiça estavam anulados. Em circunstâncias semelhantes, a tentação de se tomar a justiça pelas próprias mãos e se fazer de juiz é muito grande. Porém, esta não é uma reação bíblica. O bíblico é colocar nas mãos do Senhor o processo judicial.
            N’Ele o processo está em boas mãos, pois Ele é um justo juiz, um juiz que não se deixa levar por aparências nem por acepção de pessoas. Deus escrutina o coração e conhece os sentimentos e intenções mais profundos do homem.
            Jeremias, então, apresenta sua petição a este juiz, esperando “ver a tua vingança sobre eles”. Apesar da nossa vontade, como homens caídos, Deus não quer que nós busquemos vingança. Em Romanos 12.19 Paulo diz: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor”
            Jeremias faz isto. Ele confia que pode deixar tudo nas mãos de Deus. Em vista disto, o Senhor diz que castigará as pessoas de Anatote.

            Mas, mesmo Jeremias que confiava em tudo à Deus, tem questionamentos: o castigo parece que está tardando. Mais uma vez, Jeremias apresenta uma petição perante Deus. Em 12:1 lemos: 
            “Tu és justo, Senhor, quando apresento uma causa diante de ti. Contudo, eu gostaria de discutir contigo sobre a tua justiça. Por que o caminho dos ímpios prospera? Por que todos os traidores vivem sem problemas?”
            Devemos atentar para a ousadia de Jeremias. Começa falando que Deus é justo, mas Jeremias tem algumas dúvidas acerca da justiça dEle. Prestem atenção na partícula “contudo”. Deus devia dar um sorriso de canto de boca neste momento. “Jeremias está querendo discutir sobre a minha justiça!”, pensaria Deus.
         Mas este era um problema doloroso para Jeremias; na verdade trata-se de um questionamento comum entre todos os profetas. Quase todos os profetas bíblicos dedicavam-se a apontar a necessidade de JUSTIÇA. Este é o tema que cruza todo o livro de Jeremias, apontando como os israelitas estavam deixando de atentar para o pobre, a viúva, os mais velhos... 
          Portanto, é justa a pergunta “Por que os ímpios prosperam”? Na tradição bíblica, outros também fazem a mesma pergunta:
Asafe no Salmo 73:3-12:
1.      “vi a prosperidade desses ímpios.
2.      Eles não passam por sofrimento e têm o corpo saudável e forte.
3.      Estão livres dos fardos de todos; não são atingidos por doenças como os outros homens.
4.      Por isso o orgulho lhes serve de colar, e se vestem de violência.
5.      Do seu íntimo brota a maldade; da sua mente transbordam maquinações.
6.      Eles zombam e falam com más intenções; em sua arrogância ameaçam com opressão.
7.      Com a boca arrogam a si os céus, e com a língua se apossam da terra.
8.      Por isso o seu povo se volta para eles e bebem suas palavras até saciar-se.
9.      Eles dizem: "Como saberá Deus? Terá conhecimento o Altíssimo? "
10.  Assim são os ímpios; sempre despreocupados, aumentam suas riquezas.”


E Jó 21:7-13:
7.       Por que vivem os ímpios? Por que chegam à velhice e aumentam seu poder?
8.      Eles vêem os seus filhos estabelecidos ao seu redor, e os seus descendentes diante dos seus olhos.
9.      Seus lares estão seguros e livres de medo; a vara de Deus não os vem ferir.
10.  Seus touros nunca deixam de procriar; suas vacas dão crias e não abortam.
11.  Eles soltam os seus filhos como um rebanho; seus pequeninos põem-se a dançar.
12.  Cantam, acompanhando a música do tamborim e da harpa; alegram-se ao som da flauta.
13.  Passam a vida na prosperidade e descem à sepultura em paz.



E Habacuque 1.3-4: ((de trás para frente, Malaquias, Zacarias, Ageu, sofonias, Habacuque).

3. “Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado.
4. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece. Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida.”


1. 13-17:
13. “Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles?
14. Tornaste os homens como peixes do mar, como animais, que não são governados por ninguém.
15. Esses ímpios puxam a todos com anzóis, apanham-nos em suas redes e nelas os arrastam; então alegram-se e exultam.
16. E por essa razão eles oferecem sacrifício às suas redes e queimam incenso em sua honra, pois, graças às suas redes, vivem em grande conforto e desfrutam iguarias.
17. Mas, continuará ele esvaziando a sua rede, destruindo sem misericórdia as nações?

[Ver passagens como Pr 10.27 e Ecl 8.13, sobre a prosperidade dos ímpios]
           
Portanto, Jeremias faz voz a vários outras pessoas que percebem que algo está errado neste mundo. Parece que muito dos que enriquecem alguma coisa errada fizeram. Tantos ricos que não são um exemplo de uma “boa pessoa”. São gananciosos, passam por cima dos outros, exploram. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males já dizia Paulo em 1Tm6:10. Jesus afirmou que é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Mt 19.24). E Jesus estava falando disso no contexto de um jovem rico que guardava os mandamentos, mas o amor pelo dinheiro era maior do que o desprendimento de largar tudo e seguir o Mestre.
            De fato, a prosperidade no Novo Testamento deixa de ser a marca de bênçãos e justiça. Jesus nunca criticou a prosperidade em si, mas nas bem-aventuranças ele promete bênçãos especiais para os pobres e aflições para os ricos (Mt 5.3). A prosperidade pode servir para isolar as pessoas das mais importantes demandas de expandir o reino (Lc 12.13-59). Jeremias parecia estar antecipando isto.
            Mas “porque prosperam os ímpios”... vamos atentar para o que a palavra “ímpio” significa na Bíblia. Hoje em dia temos perdido seu sentido. Segundo a concordância de Brown [de Brown, Driver, Briggs, Gesenius Lexicon, Old Testament Hebrew Lexicon], a palavra ímpio no hebraico é “rascha” (pronuncia-se rraschá), e possuí o sentido de criminoso, culpado, hostil a Deus, culpado de pecado contra Deus ou contra os homens.
Mas aqui, nesta passagem de Jeremias 12, além destes significados, este termo está se referindo a pessoas que tem Deus “sempre perto dos seus lábios, mas longe dos seus corações”; é isso que fala o versículo 2 de nossa passagem (Jr 12.2). Os judeus estavam oprimindo o estrangeiro, o órfão, e a viúva, estavam derramando sangue inocente no templo e seguindo outros deuses (Jr 7.6)
Ímpio aqui não se refere aos pagãos, membros de outras etnias, mas aos próprios judeus!!!
Uma das regras de interpretação bíblica é a regra da primeira aparição. Segundo esta regra o sentido de uma palavra em sua primeira aparição nas escrituras indica seu sentido básico. A primeira aparição da palavra ímpio na bíblia se dá no contexto de Sodoma, em Gn 13.13: a NVI a Almeida Fiel traduzem como perversos, a Biblia de Jerusalém como “criminosos”. Em Gn 18.23 Abraão intercede com Deus e diz: “Exterminarás o justo com o ímpio?”
De maneira interessante, Sodoma é um local citado de maneira recorrente no livro de Jeremias. Há inclusive uma referência à intercessão de Abraão por Sodoma em Jeremias 5.1-2 [vamos ler juntos]:
1.      “Percorram as ruas de Jerusalém, olhem e observem. Procurem em suas praças para ver se podem encontrar alguém que aja com honestidade e que busque a verdade. Então eu perdoarei a cidade.
2.      Embora digam: ‘Juro pelo nome do Senhor’, ainda assim estão jurando falsamente.’”

Mais à frente, o profeta Jeremias ao falar contra os profetas de Jerusalém e o povo, diz que eles são como Sodoma e Gomorra por causa de suas práticas de adultério, mentiras e instigação para fazer o mal. Em Jr 23.14, o texto diz: “E entre os profetas de Jerusalém vi algo horrível: eles cometem adultério e vivem uma mentira. Encorajam os que praticam o mal, para que nenhum deles se converta de sua impiedade. Para mim são todos como Sodoma; o povo de Jerusalém é como Gomorra”.
O mesmo profeta ao profetizar a destruição de Babilônia diz que Deus a destruirá como Sodoma e Gomorra (isto é, de forma definitiva) por causa da sua idolatria (Jeremias 50.38-40).
Este era um tema comum também entre outros profetas e o pecado de Sodoma é esclarecido, já que em Gn 18 isso não fica claro.
O profeta Isaías, ao proferir repreensões contra a nação judia que estava rebelde, a comparou a Sodoma e Gomorra. Mas sabemos que o povo judeu não tinha se tornado homossexual. Ao repreende-los, em Isaías 1.10-17 e 3.9 o pecado dos judeus comparados ao povo de Sodoma e Gomorra é a injustiça e a arrogância.
Talvez o texto que traga mais claro o que foi o pecado de Sodoma é o de Ezequiel; ao repreender a infidelidade de Jerusalém ele diz que ela se tornou tão infiel que cometeu mais pecados do que Sodoma; no texto Deus chega a jurar que Jerusalém fez mais pecados do que Sodoma (Ezequiel 16.48). Em seguida Deus diz ao profeta quais foram os pecados de Sodoma. Ler Ezequiel 16.49,50: “Ora, este foi o pecado de sua irmã Sodoma: ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados. Eram altivas e cometeram práticas repugnantes diante de mim. Por isso eu me desfiz delas, conforme você viu”.
Portanto, o pecado de Sodoma eram que as pessoas não se importavam com os pobres. Lá havia ímpios que prosperavam através da exploração de outros!        
Só que ao contrário de Abraão, Deus não deu nem tempo para Jeremias levantar um clamor pelo povo. Deus proíbe que Jeremias ore (7:16-17; 11:14; 14:11-12; 15:1-2).
A resposta de Deus para Jeremias 12.5:
"Se você correu com homens e eles o cansaram, como poderá competir com cavalos? Se você tropeça em terreno seguro, o que fará nos matagais junto ao Jordão?”
A respostas de Deus consiste em uma advertência de que a oposição do povo em Jerusalém seria ainda mais vigorosa (a cavalo) do que aquela que o profeta enfrentara em Anatote (homens que vão a pé). Na floresta do Jordão, era a parte mais baixa e densamente arborizada do vale do Jordão, onde viviam animais selvagens (cf. 49:19 ler)” [bíblia de estudo Charles Ryrie, p. 720].
            Muitos prosperavam no meio de Israel, mas não era uma prosperidade advinda de servir ao Senhor e sim se explorar os pobres.
            Jeremias 17:3: “As riquezas de vocês e todos os seus tesouros, eu os darei como despojo, como preço por todos os seus pecados nos altares idólatras, por toda a sua terra.”
            O judeus ímpios queriam a prosperidade à qualquer custo, chegando a apelar para divindades pagãs para buscar este objetivo. Os deuses cananitas, como Baal e Aserá eram deuses da fertilidade e em uma sociedade agrária, como era a dos judeus deste período, a fertilidade era essencial para a vida dos animais e o crescimento das plantações, além de filhos. A fertilidade estava relacionada à prosperidade na distorcida mentalidade dos judeus ímpios. 
            Infelizmente, o povo de Deus sempre se desviou da promessa divina de suprimento. Lembremos do caso do maná, em que os judeus no deserto coletavam mais do que era necessário, ou da transformação do dinheiro em uma divindade, Mamom, como alertou Jesus: MT 6.24. Mesmo hoje, em muitos segmentos evangélicos, temos uma ênfase demasiada sobre o dinheiro, sobre a prosperidade. Ao colocar o dinheiro como o senhor de nossas vidas, estamos recaindo na mesma idolatria que os ímpios judeus que Jeremias estava criticando. E Jesus disse, que não podemos servir a dois senhores...
A busca por prosperidade é uma busca ímpia, é procurar por meios humanos, o que Deus prometeu como benção. 


            Por que os ímpios prosperam? Por que há injustiça no mundo?
Os dias atuais.

De fato, a Bíblia nos ensina que Deus é o governante soberano do universo e de todos os assuntos humanos, mas ao mesmo tempo, os seres humanos são responsáveis, perante Deus, pelas escolhas morais que fazem e pelas ações que realizam.
Deus deu o governo do mundo para os homens. Os culpados de tantos males, somos nós mesmos!
            Deus deu domínio sobre tudo o que há na terra.
SL 115.16: “Os mais altos céus pertencem ao Senhor, mas a terra ele a confiou ao homem.”
            Jesus fala de uma parábola sobre arrendamento. Até que chegue o governo de Jesus, a terra está arrendada ao homem. Mt 21. 33046.
            Lc 4, fala sobre a tentação de Jesus
Lc 4. 5-6: “e o diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num relance todos os reinos do mundo. E lhe disse: "Eu lhe darei toda a autoridade sobre eles e todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu quiser".
           

Por quem foi entregue a terra ao diabo? Por Deus? Não. Deus entregou esta autoridade ao homem e o homem, através da queda, entregou a autoridade ao diabo. “Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno.”
(1 João 5:19).

            Deus não tem prazer nas guerras, nas fomes, na miséria, nas doenças. Esta não é a vontade de Deus. Mas nós, enquanto raça humana, os ímpios que Jeremias fala, temos destruído a terra, enchido ela de injustiças. A resposta de Deus é: todos pecaram, não há um justo sequer. Por isso, meu povo sofrerá a correção na babilônia.

            Atualizando, é como se chegássemos a Deus apontando as injustiças no Brasil, como corrupção, pobreza, e todas as mazelas e Deus nos dissesse: “Mas vocês são corruptos. Os políticos saem de entre vocês. Quando vocês usavam meu nome para conseguir benefícios próprios, usavam o seu dinheiro de maneira egoísta, não se preocupavam com o pobre na esquina, sempre procuravam dar um “jeitinho” em tudo, vocês estavam sendo tão corruptos quanto os políticos que estão representando vocês. Antes de qualquer coisa, diria o Senhor, vocês devem passar por uma reforma, transformar todos os seus costumes, voltar à verdadeira fé que eu apresentei através do meu Filho.”

The prophetic word given in this tradition, rooted in Yhwh’s own intentionality, is a massive refutation of the conventional faith of Jerusalem, a refutation that will lead, so says the tradition, to the destruction of the political-economic enterprise that is presumably grounded in
divine assurance.” (Walter Brueggemann. The Theology of the book of Jeremiah, p. 64.
           
            Temos respostas satisfatórias com Cristo, que para Jeremias ainda não estavam disponíveis:
A.    Os valores abodados no cristianismo não são temporais e físicos, mas eternos. Pessoas que sofrem perseguição, derrota, frustração, sofrimento e até mesmo sofrimento físico e morte são ordenados a lembrar: “grande é a sua recompensa no céu!” (Mt 5.12)
B.     A favor e a prosperidade dos ímpios não são marcas da aprovação de Deus mas uma indicação de sua misericórdia, pois Deus “é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3:9).
C.     A responsabilidade humana.
D.    A grande verdade é que as recompensas da vida eterna são tão grandes, superando até mesmo os limites extremos da imaginação humana, que todos os sofrimentos, tristezas e limitações que podem recair sobre a nossa vida terrena, hão de ser canceladas e anuladas pela glória eterna. Como Paulo disse em Rm 8: 18: “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.
E.     Tudo gira em torno da diferença entre o tempo presente e a eternidade. Quando os dois são comparados, toda uma vida terrena é menos do que uma fração de um segundo em relação a bilhões de anos. Para ganhar o grande prêmio da glória eterna com Cristo, mais do que vale a pena suportar os encargos de qualquer desastre em nossa vida terrena. Nenhum beneficiário de tal bênçãos deve ser perturbado por quaisquer prazeres e prosperidades que os ímpios possam apreciar neste breve período da vida terrena. (Coffman, James Burton. "Commentary on Jeremiah 12:1". "Coffman Commentaries on the Old and New Testament". "http://www.studylight.org/com/bcc/view.cgi?book=jer&chapter=012". Abilene Christian University Press, Abilene, Texas, USA. 1983-1999.)
           
            Portanto, mesmo que nos esforcemos, nossa própria força só poderá atenuar as injustiças, nunca curar totalmente esta terra!

            Mas Deus deixa uma nota de Esperança em Jeremias 23 (vamos ler para finalizar!):
E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.
E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor.
Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e procederá sabiamente, executando o juízo e a justiça na terra.
Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.

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