
“Ora, se se prega que Cristo
ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há
ressurreição de mortos?
E, se não há ressurreição de mortos, também
Cristo não ressuscitou.
E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa
pregação, e também é vã a vossa fé.”
(1 Coríntios 15:12-14)
A
ressurreição de Cristo é um dos fatos históricos mais bem atestados do mundo
antigo!
Há
inúmeros trabalhos acerca da evidência da ressurreição. Tanto cristãos quanto
não cristãos tem escrito sobre este evento. Em um debate em 1987, com o
especialista na ressurreição Gary Habermas, o ateu Antony Flew começou a questionar
se o cristianismo não seria real, se Cristo realmente não teria se levantado
dos mortos. Alguns anos depois, depois de muitas conversas com Habermas, Flew
se converteu e escreveu um livro intitulado “Há Deus!”.
De
fato, as evidências a favor da historicade do cristianismo são gritantes. Mas,
infelizmente, muitos de nós não temos conhecimento disso. Se apresentássemos as
evidências da ressurreição a nossos vizinhos, colegas de trabalho, de
faculdade...mostraríamos que é mais difícil não acreditar no cristianismo.
Gosto
muito do que Pedro diz em sua primeira carta:
“Estejamos
preparados para dar a razão da fé que há em vós.” (1Pe 3.15).
É
um convite a defender a fé cristã.
Se
expuséssemos o caso de Cristo perante um tribunal, com as evidências que temos
hoje, talvez muitos concordassem que Jesus existiu. Claro que muitas vezes a negação da
fé cristã vai além das questões de evidências, atingindo áreas emocionais e
espirituais.
Portanto,
como um historiador, que muitas vezes faz o papel de detetive, apresentarei as
evidências existentes para o caso de Jesus. Fica a critério de cada um declarar
se as evidências apontam na direção da veracidade ou da falsidade.
Quero, em uma sequência de posts, refazer a última semana de Jesus, percebendo o que a história
e a arqueologia pode nos apontar sobre estes eventos e sobre a vida cotidiana
naqueles tempos.
Como a história e a arqueologia podem nos ajudar a compreender melhor a Bíblia?
A palavra arqueologia provém de dois termos gregos, archios e logos, que
significam literalmente “estudo das coisas antigas”. Hoje em dia a palavra se
aplica ao estudo de materiais escavados pertencentes a eras anteriores. A arqueologia bíblica pode ser definida como um exame de artefatos antigos,
outrora perdidos e hoje recuperados, que se relacionam ao estudo das Escrituras
e à caracterização da vida nos tempos bíblicos.
A
arqueologia é fundamentalmente uma ciência. O conhecimento neste campo é obtido
por meio da observação e do estudo sistemático, e os fatos descobertos são
avaliados e classificados em um conjunto organizado de informações. A
arqueologia é uma ciência composta porque se vale do auxílio de várias outras
ciências, como a química, a antropologia e a zoologia.
Portanto,
arqueologia nos ajuda a compreender as Escrituras na medida em que ele revela a
vida nos tempos bíblicos, o significado real de passagens bíblicas obscuras e
como entender narrativas históricas e os contextos bíblicos.
A
arqueologia também ajuda a confirmar a exatidão de textos bíblicos e o conteúdo
das Escrituras, através de achados materiais e fragmentos de textos. Ela tem
revelado a falsidade de algumas teorias interpretativas da Bíblia, auxiliando a
comprovar a exatidão dos originais gregos e hebraicos e mostrando que o texto
bíblico foi transmitido com alto grau de precisão. Também tem confirmado a
exatidão de várias passagens das Escrituras, como por exemplo, declarações de
diversos reis e personagens,como Poncio Pilatos e Caifás (fonte: Bíblia anotada
Charles Ryrie. A arqueologia e a bíblia (artigo). Mundo Cristão, p. 1306-1307).
Algumas descobertas sensacionais
(Bíblia de Estudo defesa da fé. Como a arqueologia confirma a Bíblia. Walter Kaiser Jr, p. 1211-1213).
Descoberto no Egito, em 1920, o “papiro John Rylands”. É o mais antigo
fragmento conhecido de um manuscrito do Novo Testamento. Este pequeno fragmento
do Evangelho de João (Jo 18.31-33, 37, 38), foi datado por papirólogos [os
estudiosos de papiros] como sendo de 125 d.C. Mas, como estava muito ao sul, no
Egito, o deslocamento deste fragmento ajuda a estabelecer a data da composição
do evangelho de João entre 85 e 90 d.C.
Os rolos do Mar Morto, encontrados
em 1948, em cavernas em Qumram, nos fornecem aproximadamente 800 manuscritos de
cada livro do Antigo Testamento. Estes manuscritos datam do ano 1d.C e mostram
a exatidão dos textos bíblicos.
Em 1990, uma arca contendo ossos foi
acidentalmente descoberta em Jerusalém. Esse “ossuário de Caifás” pertenceu ao
sumo sacerdote do período de 18-36 d.C. (ver Jo 11.49-53)
Mais exemplos: inscrição de Pôncio Pilatos, o
tanque de Silóe (escavado em 2004), a tumba de João Batista (Shimom Gibson), o
ossuário de Tiago, irmão de jesus, filho de José (livro: O irmão de Jesus,
Hershel Shanks) etc.
Todos esses achados, mesmo que não
comprovem diretamente a vida de Jesus, nos ajudam a estabelecer como muito
confiáveis as narrativas dos evangelistas e dos autores do Novo Testamento.
No próximo post, comentarei um pouco sobre A Palestina nos tempos de Jesus.
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