Caçadores da arca perdida

  

Ilustração do século XIX por Currier e Ives, mostrando a tradicional visão sobre a arca.

Uma nova tabuleta de argila traduzido datando de 1700 antes de Cristo, revela detalhes sobre a história do dilúvio universal. Dezenas de tabuletas contam a história de um homem justo e sua arca cheia de animais, mas esta tabuleta específica é uma das únicas que descrevem a embarcação.

   A tabuleta em questão é possuída por Leonard Simmons que a encontrou quando servia na segunda guerra, e que se tornou um colecionador de artefatos antigos. Herdado pelo seu filho, a tabuleta foi levada à um expert em leitura cuneiforme (o tipo da escrita da tabuleta) do Museu Britânico, Dr. Irving Finkel. O Dr. Finkel é um das únicas pessoas no mundo que podem ler cuneiforme fluentemente e desde a primeira vista já percebeu o que continha nesta tabuleta de argila.

   Conjuntamente com sua pesquisa sobre as histórias do dilúvio, Finkel traduziu a tabuleta, e mostrou se tratar de uma história semelhante em muitos detalhes à do livro do Genesis. Na tabuleta, o deus que decidiu salvar somente um homem, comanda este a construir um barco com um design circular.

   De fato, este é um dos documentos mais antigos, ao lado da história de Gilgamesh, a tratar acerca do dilúvio. E acerca de barcos redondos, muitos são encontrados  ainda hoje no rio Eufrates, muito similares aos que foram encontrados para o reino de Assurbanipal II (883-859 a.C). No século XX alguns barcos foram construídos de forma redunda que podiam transportar 16 toneladas de grãos e dúzias de animais. Estruturalmente e biblicamente, nada aponta para o fato de a arca ter sido retangular.

   A fascinação com o dilúvio e os locais por onde passou a arca permanece viva. Incontáveis expedições viajaram para o Monte Ararat na Turkia, onde a arca de Noé teria parado, mas ainda não houve confirmação científica para sua existência.