"Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim."
(João 14:6)
(João 14:6)
Neste mundo pós-moderno,
vivemos em um contexto de relatividade.
Não existem verdades absolutas. O que é verdade pra você, não necessariamente é
verdade pra mim.
Entretanto, este não é um mundo anti-religioso. Todos querem
experimentar algo, procurando a verdade por aí. E a verdade, segundo os
pós-modernos, está em todo lugar. Quem nunca ouviu frases dos tipo: “Todos os caminhos levam a Deus”, “se
formos bons, vamos pro céu” etc.
Afirmações como essa de Jesus, “Eu sou o caminho, a
verdade e a vida”, são extremamente impopulares. Vamos deixar isso de lado e
falar em amor, abraçar todos em uma mistura homogênea. Paz e amor.
O problema é que o cristianismo não pode ser isso. Como
cristão, não podemos aceitar tudo. Podemos tolerar, mas não quer dizer que
concordamos. Temos que reafirmar pros quatro cantos do mundo que Jesus é o
caminho, a verdade e a vida; e gritar (e não cochichar) que ninguém, ouviram,
ninguém, vai ao Pai senão por Ele, Jesus! É uma afirmação categórica, mas que
precisa ser reenfatizada hoje.
De todos esses “deuses” e “seres superiores” ,
somente Jesus deu a vida e ressuscitou para nos redimir do Pecado. Somente ele
se rebaixou ao nível humano e venceu a morte.
Vamos buscar compreender cada uma das afirmações de
Jesus, de que ele era (e é) o caminho, a verdade e a vida.
Quando Jesus diz ser o Caminho, ele não queria dizer que era um mero caminho entre
muitos, mas o único caminho (cf. At 4.12; HB 10.19,20). Na igreja primitiva, o
cristianismo às vezes era chamado “o Caminho” (p.ex, AT 9.2; 19.9,23). (Biblia de Estudo NVI)
O
caminho. Em Hebreus, capítulo 9,
fala-se do santuário judeu e seus
múltiplos e complexos rituais (é interessante ler todo o capítulo). A partir do versículo 8, lê-se:
"Dando
nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava
descoberto
enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,
Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios
que, quanto à
consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço;"
Assim, se fala no Tabernáculo mosaico versus o tabernáculo Cristo (João usa a
expressão: “e o verbo se fez carne e ‘tabernaculou’/habitou entre nós. JO: 1.14).
Jesus veio para cumprir o que a construção do
tabernáculo pressupunha. Esta é uma bela exposição de um escritor (não sabemos
quem escreveu realmente a carta de Hebreus) que conhecia profundamente os rituais judaicos e que
compreendeu perfeitamente o cumprimento das promessas acerca de Cristo e sua redenção.
Não precisamos mais da Lei, não precisamos mais de
templos feitos por mãos humanas.
Hb 10.19-20. “Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne.”
Sobre
a segunda constatação de Jesus: a Verdade. É uma das tônicas
do evangelho de João.
Em Jo 8.32: “E conhecereis a verdade, e a verdade
vos libertará.”
Sustentar o ensino de Cristo – que é a verdade –
conduz à verdade que nos torna uma pessoa livre da escravidão do pecado. A
salvação, portanto, não é obtida por meio de conhecimento intelectual, como
imaginavam os gnósticos, mas por meio de um relacionamento vital com Jesus e do
compromisso com a verdade que ele revelou.
A
terceira asserção é que Jesus é a Vida. Um dos grandes
conceitos do evangelho de João, empregado 36 vezes. A vida é dádiva de Cristo.
Através de Cristo temos vida, que perdemos com o pecado original. Sem Cristo
somos meio-homens, ainda não completos, pois somos caídos.
João 11.25. Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição
e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra vivera.
Somos bonecos de pano. Um ventilador que havia se
desligado da tomada, e que agora só gira em função da força residual.
Portanto,
temos três níveis de conhecimento e relacionamento com Deus, expressos na
tipologia do tabernáculo: como lemos em hebreus 9. Cada vez
mais no interior do tabernáculo, mais exclusivo se tornava:
.a entrada, o átrio, representando o caminho, onde
todos tinham acesso;
.o lugar santo, onde somente alguns poderiam entrar,
com os pães (Jesus =, o pão vivo que desce do céu: João 6. 51), o candelabro,
que representa o Espírito Santo;
.e por fim, o Santo dos Santos, onde somente um
sumo-sacerdote podia entrar, uma vez por ano.
Cristo, como sumo-sacerdote perfeito, ofereceu-se
como sacrifício por nós, nos possibilitando o contato direto com o pai, nos
dando a vida eterna (vários sites falam que as três portas que haviam no
tabernáculo eram chamadas de caminho, verdade e vida., mas não há referência
bíblica pra isso. Também não encontrei fonte fidedigna que confirme isso).
O único caminho que nos leva à Deus, é Jesus; não
são ofertas, sacrifícios ou obediência à lei. O caminho nos leva à verdade:
Cristo é Deus que se fez homem para nos livrar do pecado e nos conduzir de
volta ao Pai. “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
E, por fim, a vida, o nível mais profundo. Através
do pecado original, havíamos perdido a vida, e Deus tece um projeto para que o
homem fosse salvo e recebesse a vida eterna: a morte de seu filho na cruz.
Agora, o que os dizeres de Cristo, “O caminho, a
verdade e a vida”, trazem como implicações para nossa cosmovisão, nossa maneira
de viver e ver o mundo?
É uma afirmação
exclusivista, “ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Esta afirmação requer uma
decisão: ou reconhecer a posição de Jesus como Messias, o Filho de Deus, ou
rejeitá-lo como louco ou uma fraude e rejeitar a religião centrada nele como,
na melhor das hipóteses, um engano. Não há meio termo.
A noção de que todas as religiões ensinam
basicamente a mesma coisa – que devemos amar uns aos outros – demonstra um
serio mal-entendido das religiões mundiais. Embora a maioria das religiões
tenha algum tipo de código moral semelhante – porque Deus implantou o certo e o
errado em nossa consciência – elas discordam em quase todas as questões
principais, incluindo a natureza de Deus, a natureza do homem, pecado,
salvação, céu, inferno e criação.
Se Jesus é o ÚNICO caminho e a verdade, temos que
excluir outras crenças religiosas, como estando em erro. Devemos ser
tolerantes, não aceitar que toda a crença é verdade, mas suportar o erro das
outras religiões. Mas também não devemos cruzar o braço e aceitar que estamos
certos os outros errados e tudo bem. Jesus nos comissionou pra levar a boa nova
às pessoas.
Se não fosse pelo envio de Jesus, teríamos outras
razões pra falar do Evangelho: o amor, por exemplo. Não o amor bíblico o “amai
uns aos outros como a si mesmo”, mas o amor que temos por familiares e amigos. Não
seria nada amoroso, sabendo da verdade, sabendo que a pessoa possa ser
condenada, não falar sobre a VERDADE, sobre o que sabemos ser o ÚNICO meio de
salvação. Se o cristianismo é verdadeiro, então temos obrigação de dizer isso,
e gentilmente avisar as pessoas da verdade, porque somente a verdade pode
libertá-las.
Se levarmos a sério, mas realmente a sério, que
Jesus é O caminho, a verdade e a vida, então nossa conduta tem que ser
radicalmente transformada. O que Jesus ensinou vai de encontro à cultura em que
ele viveu e na que vivemos.
“Não existe uma só polegada, em todo o domínio de
nossa vida humana, da
qual Cristo, que é soberano de tudo, não proclame:
‘Minha!” (Abraham kuyper)
Nenhum comentário:
Postar um comentário