sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Meu top 10 livros cristãos



Na moda das listas de livros, resolvi fazer uma versão para meus livros cristãos favoritos, com breves comentários sobre cada um. Abaixo falo dos 10 livros que considero fundamental para todo cristão. São todos livros que li ao longo dos anos e com certeza voltarei a reler muitos deles.
1 - Ouça o espírito, ouça o mundo. John Stott


O anglicano John Stott escreveu muitos livros, mas talvez esse seja o que melhor expõem seu pensamento. Nesta obra, ele nos convida a “ouvir duas vezes”, prestar atenção ao que Deus tem a nos falar (principalmente através de sua Palavra escrita) e também estar atento para o que a nossa cultura está precisando. De uma forma bem clara, mas ao mesmo tempo bastante profunda, com argumentos cortantes, Stott nos leva a repensar nossa noções de missão e evangelismo.













2 - Fator Melquisedeque





Falando em missão e evangelismo, este livro é essencial para quem deseja ser um missionário ( e se você leu o livro de Stott acima, sabe que se trata de TODO cristão). Partindo da pregação de Paulo no areópago, o autor nos aponta maneiras de interferir em culturas diferentes da nossa, para mostrar um Deus que se releva em dois livros: um, a Bíblia, e outro a natureza. A ideia de Deus está presente em todas as culturas, cabendo ao cristão apontar onde está este Deus e conduzir as pessoas ao verdadeiro caminho de Salvação. Um livro fundamental para todo cristão.












3 e 4- Verdade e transformação e O livro que fez o seu mundo - Vishal Mangalwadi





Mas por que o cristianismo é um boa coisa para todas as culturas? A busca por essa resposta é o que levou o indiano Vishal a escrever estes dois livros.


A lógica, a qualidade de informações e as conclusões de Vishal são impressionantes. A tese principal do autor é que o cristianismo marcou a civilização ocidental e legou aspectos fundamentais para o desenvolvimento da ciência, da cultura, das leis, da tecnologia, da medicina etc. Sem a mentalidade bíblica e cristã, o Ocidente não conseguiria ter atingido pontos tão avançados em tantas áreas. A questão da corrupção, por exemplo, é menor em sociedades que tiveram uma forte influência protestante, e isso permitiu a essas sociedades enriquecerem, mas sem perder o respeito por índices de desenvolvimento humano. Uma análise impressionante de como a cosmovisão cristã impactou a sociedade ocidental.




5- Cristianismo puro e simples – C. S. Lewis


Este é um clássico. Relido por mim este ano, ainda continua muito atual em sua lógica aparentemente simples, mas que nos leva a repensar uma série de “dogmas”. Um livro que teve o poder de mudar a visão tanto de ateus quanto de cristãos profundamente imergidos no cristianismo pós moderno. Essencial










6- Por que a ciência não consegue enterrar Deus – John Lennox


Adentrando no círculo dos textos apologéticos, este livro me inseriu no debate ciência e fé. Lennox é um matemático de Cambrigde que se propõe a acabar com o mito da guerra entre ciência e fé. Claro que outros já escreveram livros neste sentido desde o século XIX, mas esse prima pela sua atualidade e pelo seu debate com o papa do ateísmo Richard Dawkins (vale a pena ver os debates gravados em vídeo conduzidos pelos dois). A lógica de Lennox ao construir seus argumentos é excelente, e ele acaba revelando, de maneira irônica, que a guerra na verdade é entre o naturalismo e a ciência. O cristianismo nunca teve problemas com a ciência. Pelo contrário. Foi no bojo desta religião que se tornou possível uma ideia de ciência. Lembre-se nas universidades que surgiram dos monastérios medievais. Além disso, como demonstra o autor, foi no Ocidente que a astrologia se tornou astronomia, que a alquimia se tornou química. Foi a visão de um Criador ordeiro que permitiu a existência de uma mentalidade que procurava encontrar as leis que regulavam o universo.


7 - Total Truth – Nancy Pearcey (traduzido para o português como “Verdade absoluta”) 
           


Pearcey aponta como o evangelho é uma verdade total, uma cosmovisão cristã que deve permear as ações dos cristãos. A fé cristã não é uma fé particular, mas deve ser exercida na arena pública, na política. O problema é que nas últimas décadas, os cristãos se tornam satisfeito em exercer sua fé no particular, somente no domingo e em templos. Além disso, é estarrecedor perceber que o cristianismo norte-americano, e por influência, brasileiro, tendeu a se tornar anti-intelectual. Isso, segundo a autora, afastou os cristãos dos grandes campos de influência, como a universidade, os negócios, a ciência. A busca é unificar nossas vidas em torno de uma verdade que não é somente uma realidade espiritual, mas uma verdade absoluta, total, que deve atingir todas as áreas da nossa vida.




8- Em defesa de Cristo – Lee Strobel


O jornalista ateu Strobel se incomodou quando sua esposa começa a modificar seu comportamento após se converter ao cristianismo. Instigado, ele faz uma investigação para provar que o cristianismo é uma falsidade. Que Cristo nunca existiu e que tudo não passa de invenção sem prova alguma. Com isso em mente, o autor realizou uma série de entrevistas com especialistas em diferentes aspectos da vida de Cristo, com o intuito de provar que Jesus era um mito. Entretanto, à medida que ele  foi conversando com os especialista, foi percebendo que as evidências eram gritantes em favor da existência de Cristo. Por fim ele se convence da verdade. O livro é de uma leitura muito fluente e é essencial para todo o cristão que quer aprofundar mais a fé e descobrir que sua crença é mais bem fundamenta historicamente do que muita coisa da história antiga.




9- O melhor da espiritualidade brasileira – Nelson Bolmicar (org.)


Composto por artigos de vários autores diferentes, o livro é uma brisa suave no deserto teológico que vive o evangelicalismo atual. Todos os capítulos me ajudou a pensar que minha espiritualidade não deve ser alienante, mas sim, ativa. A herança que tivemos do pentecostalismo norte-americano fez com que nos formatássemos a espiritualidade em torno de expressões individuais e internas. Ser espiritual, nessa visão, é orar em línguas. Mas a espiritualidade bíblica vai além disso. Está em amar e servir o próximo, sem se descuidar do lado espiritual. É uma espiritualidade integral, que vê o homem como corpo e alma, fugindo do gnostismo cristão que tem enfatizado por demais a alma e focando simplesmente na salvação. Mas, somos salvos para quê? Outra obra essencial.




10- Transformação e cosmovisão – Guilherme de Carvalho (org.)



Trazendo a principal influência de autores calvinistas, que pensam que a ação cristã deve estar presente em todas as áreas da vida, os diversos artigos que compõem o livro examinam a possibilidade de uma cosmovisão cristã em aspectos como política, educação, ciência e negócios, alargando o conceito de missão, de tal forma como foi resgatada por Lutero, através da ideia do sacerdócio universal. Não há soldados de frente e pessoas que ficam na retaguarda, expressando um equivocado conceito de que somente quem está em campo missionário transcultural é que é um missionário. O livro traz uma sólida contribuição, tanto histórica, sociológica, quanto teológica, para o debate acerca de se construir uma visão cristã para atuação em todas as áreas da vida humana.  

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