"Os homens, quando lhes é útil, podem acreditar em uma teoria, da qual não sabem mais do que o nome; este é, aliás, um fenômeno corrente em todas as religiões".
(Vilfredo Pareto. Manual de Economia politica, p. 116)
Esta é uma crítica recorrente, mas infelizmente verdadeira. Muitos de nós não lemos o livro que define o que acreditamos acerca de Deus. O que me faz questionar se somos realmente "o povo do livro"? "O povo do livro" foi um epíteto utilizado ao longo da história para classificar pessoas que baseavam sua crença na revelação transmitida por Deus e depois escrita por homens, o que era estranho a muitas religiões antigas.
Todas as "crenças" e profissões hoje em dia tem seus livros-textos. Se me perguntarem enquanto historiador se eu li Marx ou Gilberto Freyre, por exemplo, e minha resposta for negativa...algum problema há.
Pode-se dizer que o que nos define enquanto cristãos é que acreditamos num Deus que se revelou através de um povo específico, e que prometeu salvação através do sacrifício do Seu filho. E onde está escrito tudo isto? Por um acaso esta é uma tradição oral passada de geração em geração desde os tempo imemoriais?
Não. Temos o privilégio de ter as revelações que fundamentam nossa fé todas escritas. Está lá para quem quiser comprovar. É por isso que os conjunto de livros que chamamos de Biblia (que significa conjunto de livros!) se divide em 2: Antigo e Novo Testamento. Pra que nenhum acusador espertinho possa questionar. Nossa herança está escrita ali, selada e assinada pelo pai.
Só que se não tivermos conhecimento das clausulas deste testamento, não temos como pleitear a herança. E somos os mais infelizes. E não adianta conhecer um pouquinho, "por cima", já que o acusador conhece muito bem este documento e pode usá-lo contra nós mesmos.
O que quero dizer é: Leia o Livro! Leia, releia, estude, discuta. Só assim teremos pleno conhecimento e razão do que acreditamos.
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