Por quê prosperam os ímpios?
Jeremias levanta, aqui
no capítulo 12, uma questão antiqüíssima e importante até para os dias atuais: Por que prosperam os ímpios? A alma
sensível do profeta não podia aturar o que via.
Para entendemos com mais profundidade o que se está sendo
afirmado no capítulo 12 que estamos estudando, devemos analisar o contexto
imediato deste capítulo, o capítulo antecedente, 11. Assim conseguimos juntar
um pouco de informação para compreender a resposta que Deus deu a Jeremias.
Ali,
no capítulo 11, ficamos sabendo de uma viagem que Jeremias fez à Anatote. Este
era o local de seu nascimento, e conforme afirma o cap. 1, vs 1, esta uma
cidade de levitas, onde ainda vivia a família de Jeremias; ele mesmo era filho
de um sacerdote.
Cada vez que Jeremias chegava à Anatote, notava a
crescente oposição a ele. Primeiramente, ele notava isso pelas conversas; logo,
as pessoas começavam a se afastar dele; e agora, elas começaram a insultá-lo na
rua. Inclusive seus irmãos e familiares estavam neste grupo.
Quando Jeremias chegava em casa, era uma amabilidade só. Iam
logo servindo o chazinho (ou chimarrão aqui pra nós do sul), trazendo as
bolachas. Mas o Senhor lhe alertou: “Até mesmo os seus irmãos e a sua própria
família traíram você e o perseguem aos gritos. Não confie neles, mesmo quando
lhe dizem coisas boas.” (Jr 12:6, NVI).
Na
verdade, não era contra Jeremias que seus compatriotas se opunham; era contra a
Palavra de Deus, contra a mensagem que Jeremias transmitia. As pessoas de
Anatote (e de toda Judá), não queriam saber de nada da pregação de Jeremias,
nem queriam reconhecer seus pecados e apostasia com relação ao Senhor. Haviam
tomado aversão ao homem que constantemente insistia nesses assuntos.
Assim, Jeremias vivia cada vez mais separado de seus
compatriotas e familiares. Esta separação ocorre sempre entre pessoas que
querem aceitar o Evangelho e seguir o mesmo, e aquelas que não querem. O
próprio Cristo afirmou que aqueles que seguissem o Evangelho seriam perseguidos
e estariam contra pais, mães e irmãos. (MT 10.21-22).
Jeremias estava inocente disto tudo: Leiamos Jr 11.19: “Eu era como um cordeiro manso levado ao
matadouro; não tinha percebido que tramavam contra mim, dizendo: ‘Destruamos a
árvore e a sua seiva, vamos cortá-lo da terra dos viventes para que o seu nome
não seja mais lembrado’” (NVI).
Jeremias, ao descobrir os planos de Deus, apresenta uma
petição ao Senhor. Em Jr 11.20: “Ó Senhor dos Exércitos, justo juiz que provas
o coração e a mente, espero ver a tua vingança sobre eles, pois a ti expus a
minha causa.”
Trata-se
de um processo judicial. Jeremias se via em uma situação em que seus direitos
não mais valiam. Os juízes humanos estavam mancomunados com aqueles que
planejavam lhe matar. Os mecanismos de justiça estavam anulados. Em
circunstâncias semelhantes, a tentação de se tomar a justiça pelas próprias
mãos e se fazer de juiz é muito grande. Porém, esta não é uma reação bíblica. O
bíblico é colocar nas mãos do Senhor o processo judicial.
N’Ele o processo está em boas mãos, pois Ele é um justo
juiz, um juiz que não se deixa levar por aparências nem por acepção de pessoas.
Deus escrutina o coração e conhece os sentimentos e intenções mais profundos do
homem.
Jeremias, então, apresenta sua petição a este juiz,
esperando “ver a tua vingança sobre eles”. Apesar da nossa vontade, como homens
caídos, Deus não quer que nós busquemos vingança. Em Romanos 12.19 Paulo diz: “Não
vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito:
Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor”
Jeremias faz isto. Ele confia que pode deixar tudo nas
mãos de Deus. Em vista disto, o Senhor diz que castigará as pessoas de Anatote.
Mas, mesmo Jeremias que confiava em tudo à Deus, tem
questionamentos: o castigo parece que está tardando. Mais uma vez, Jeremias
apresenta uma petição perante Deus. Em 12:1 lemos:
“Tu és justo, Senhor, quando apresento uma causa diante
de ti. Contudo, eu gostaria de
discutir contigo sobre a tua justiça. Por que o caminho dos ímpios prospera?
Por que todos os traidores vivem sem problemas?”
Devemos
atentar para a ousadia de Jeremias. Começa falando que Deus é justo, mas
Jeremias tem algumas dúvidas acerca da justiça dEle. Prestem atenção na
partícula “contudo”. Deus devia dar um sorriso de canto de boca neste momento. “Jeremias
está querendo discutir sobre a minha justiça!”, pensaria Deus.
Mas este era um problema doloroso
para Jeremias; na verdade trata-se de um questionamento comum entre todos os
profetas. Quase todos os profetas bíblicos dedicavam-se a apontar a necessidade
de JUSTIÇA. Este é o tema que cruza todo o livro de Jeremias, apontando como os
israelitas estavam deixando de atentar para o pobre, a viúva, os mais velhos...
Portanto,
é justa a pergunta “Por que os ímpios prosperam”? Na tradição bíblica, outros
também fazem a mesma pergunta:
Asafe
no Salmo 73:3-12:
1. “vi
a prosperidade desses ímpios.
2. Eles
não passam por sofrimento e têm o corpo saudável e forte.
3. Estão
livres dos fardos de todos; não são atingidos por doenças como os outros
homens.
4. Por
isso o orgulho lhes serve de colar, e se vestem de violência.
5. Do
seu íntimo brota a maldade; da sua mente transbordam maquinações.
6. Eles
zombam e falam com más intenções; em sua arrogância ameaçam com opressão.
7. Com
a boca arrogam a si os céus, e com a língua se apossam da terra.
8. Por
isso o seu povo se volta para eles e bebem suas palavras até saciar-se.
9. Eles
dizem: "Como saberá Deus? Terá conhecimento o Altíssimo? "
10. Assim
são os ímpios; sempre despreocupados, aumentam suas riquezas.”
E
Jó 21:7-13:
7.
Por que vivem os ímpios? Por que chegam à
velhice e aumentam seu poder?
8.
Eles vêem os seus filhos estabelecidos
ao seu redor, e os seus descendentes diante dos seus olhos.
9.
Seus lares estão seguros e livres de
medo; a vara de Deus não os vem ferir.
10.
Seus touros nunca deixam de procriar;
suas vacas dão crias e não abortam.
11.
Eles soltam os seus filhos como um
rebanho; seus pequeninos põem-se a dançar.
12.
Cantam, acompanhando a música do
tamborim e da harpa; alegram-se ao som da flauta.
13.
Passam a vida na prosperidade e descem à
sepultura em paz.
E
Habacuque 1.3-4: ((de trás para frente, Malaquias, Zacarias, Ageu, sofonias,
Habacuque).
3.
“Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a
violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado.
4. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece. Os ímpios
prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida.”
1.
13-17:
13.
“Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a
maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto
os ímpios engolem os que são mais justos do que eles?
14. Tornaste os homens como peixes do mar, como animais, que não são governados
por ninguém.
15. Esses ímpios puxam a todos com anzóis, apanham-nos em suas redes e nelas os
arrastam; então alegram-se e exultam.
16. E por essa razão eles oferecem sacrifício às suas redes e queimam incenso
em sua honra, pois, graças às suas redes, vivem em grande conforto e desfrutam
iguarias.
17. Mas, continuará ele esvaziando a sua rede, destruindo sem misericórdia as
nações?
[Ver
passagens como Pr 10.27 e Ecl 8.13, sobre a prosperidade dos ímpios]
Portanto,
Jeremias faz voz a vários outras pessoas que percebem que algo está errado
neste mundo. Parece que muito dos que enriquecem alguma coisa errada fizeram. Tantos
ricos que não são um exemplo de uma “boa pessoa”. São gananciosos, passam por
cima dos outros, exploram. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males já
dizia Paulo em 1Tm6:10. Jesus afirmou que é mais fácil passar um camelo pelo
buraco de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Mt 19.24). E Jesus
estava falando disso no contexto de um jovem rico que guardava os mandamentos,
mas o amor pelo dinheiro era maior do que o desprendimento de largar tudo e
seguir o Mestre.
De fato, a prosperidade no Novo Testamento deixa de ser a
marca de bênçãos e justiça. Jesus nunca criticou a prosperidade em si, mas nas
bem-aventuranças ele promete bênçãos especiais para os pobres e aflições para
os ricos (Mt 5.3). A prosperidade pode servir para isolar as pessoas das mais
importantes demandas de expandir o reino (Lc 12.13-59). Jeremias parecia estar
antecipando isto.
Mas “porque prosperam os ímpios”... vamos atentar para o
que a palavra “ímpio” significa na Bíblia. Hoje em dia temos perdido seu
sentido. Segundo a concordância de Brown [de Brown, Driver, Briggs, Gesenius
Lexicon, Old Testament Hebrew Lexicon], a palavra ímpio no hebraico é “rascha”
(pronuncia-se rraschá), e possuí o sentido de criminoso, culpado, hostil a
Deus, culpado de pecado contra Deus ou contra os homens.
Mas
aqui, nesta passagem de Jeremias 12, além destes significados, este termo está
se referindo a pessoas que tem Deus “sempre perto dos seus lábios, mas longe
dos seus corações”; é isso que fala o versículo 2 de nossa passagem (Jr 12.2). Os
judeus estavam oprimindo o estrangeiro, o órfão, e a viúva, estavam derramando
sangue inocente no templo e seguindo outros deuses (Jr 7.6)
Ímpio
aqui não se refere aos pagãos, membros de outras etnias, mas aos próprios
judeus!!!
Uma
das regras de interpretação bíblica é a regra da primeira aparição. Segundo
esta regra o sentido de uma palavra em sua primeira aparição nas escrituras
indica seu sentido básico. A primeira aparição da palavra ímpio na bíblia se dá
no contexto de Sodoma, em Gn 13.13: a NVI a Almeida Fiel traduzem como
perversos, a Biblia de Jerusalém como “criminosos”. Em Gn 18.23 Abraão
intercede com Deus e diz: “Exterminarás o justo com o ímpio?”
De
maneira interessante, Sodoma é um local citado de maneira recorrente no livro
de Jeremias. Há inclusive uma referência à intercessão de Abraão por Sodoma em
Jeremias 5.1-2 [vamos ler juntos]:
1. “Percorram
as ruas de Jerusalém, olhem e observem. Procurem em suas praças para ver se
podem encontrar alguém que aja com honestidade e que busque a verdade. Então eu
perdoarei a cidade.
2. Embora
digam: ‘Juro pelo nome do Senhor’, ainda assim estão jurando falsamente.’”
Mais
à frente, o profeta Jeremias ao falar contra os profetas de Jerusalém e o povo,
diz que eles são como Sodoma e Gomorra por causa de suas práticas de adultério,
mentiras e instigação para fazer o mal. Em Jr 23.14, o texto diz: “E
entre os profetas de Jerusalém vi algo horrível: eles cometem adultério e vivem
uma mentira. Encorajam os que praticam o mal, para que nenhum deles se converta
de sua impiedade. Para mim são todos como Sodoma; o povo de Jerusalém é como
Gomorra”.
O
mesmo profeta ao profetizar a destruição de Babilônia diz que Deus a destruirá
como Sodoma e Gomorra (isto é, de forma definitiva) por causa da sua idolatria
(Jeremias 50.38-40).
Este
era um tema comum também entre outros profetas e o pecado de Sodoma é
esclarecido, já que em Gn 18 isso não fica claro.
O
profeta Isaías, ao proferir repreensões contra a nação judia que estava
rebelde, a comparou a Sodoma e Gomorra. Mas sabemos que o povo judeu não tinha
se tornado homossexual. Ao repreende-los, em Isaías 1.10-17 e 3.9 o pecado dos
judeus comparados ao povo de Sodoma e Gomorra é a injustiça e a arrogância.
Talvez
o texto que traga mais claro o que foi o pecado de Sodoma é o de Ezequiel; ao
repreender a infidelidade de Jerusalém ele diz que ela se tornou tão infiel que
cometeu mais pecados do que Sodoma; no texto Deus chega a jurar que Jerusalém
fez mais pecados do que Sodoma (Ezequiel 16.48). Em seguida Deus diz ao profeta
quais foram os pecados de Sodoma. Ler
Ezequiel 16.49,50: “Ora, este foi o pecado de sua irmã Sodoma:
ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam
despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados. Eram altivas e
cometeram práticas repugnantes diante de mim. Por isso eu me desfiz delas,
conforme você viu”.
Portanto,
o pecado de Sodoma eram que as pessoas não se importavam com os pobres. Lá
havia ímpios que prosperavam através da exploração de outros!
Só que ao contrário de Abraão, Deus não deu nem tempo para Jeremias levantar um
clamor pelo povo. Deus proíbe que Jeremias ore (7:16-17; 11:14;
14:11-12; 15:1-2).
A resposta de Deus para
Jeremias 12.5:
"Se
você correu com homens e eles o cansaram, como poderá competir com cavalos? Se
você tropeça em terreno seguro, o que fará nos matagais junto ao Jordão?”
A
respostas de Deus consiste em uma advertência de que a oposição do povo em
Jerusalém seria ainda mais vigorosa (a cavalo) do que aquela que o profeta
enfrentara em Anatote (homens que vão a pé). Na floresta do Jordão, era a parte mais baixa e densamente
arborizada do vale do Jordão, onde viviam animais selvagens (cf. 49:19 ler)” [bíblia de estudo Charles Ryrie, p. 720].
Muitos prosperavam no meio de Israel, mas não era uma
prosperidade advinda de servir ao Senhor e sim se explorar os pobres.
Jeremias 17:3: “As riquezas de vocês e todos os seus
tesouros, eu os darei como despojo, como preço por todos os seus pecados nos altares
idólatras, por toda a sua terra.”
O judeus ímpios queriam a prosperidade à qualquer custo,
chegando a apelar para divindades pagãs para buscar este objetivo. Os deuses
cananitas, como Baal e Aserá eram deuses da fertilidade e em uma sociedade agrária,
como era a dos judeus deste período, a fertilidade era essencial para a vida
dos animais e o crescimento das plantações, além de filhos. A fertilidade
estava relacionada à prosperidade na distorcida mentalidade dos judeus
ímpios.
Infelizmente, o povo de Deus sempre se desviou da
promessa divina de suprimento. Lembremos do caso do maná, em que os judeus no
deserto coletavam mais do que era necessário, ou da transformação do dinheiro
em uma divindade, Mamom, como alertou Jesus: MT 6.24. Mesmo hoje, em muitos
segmentos evangélicos, temos uma ênfase demasiada sobre o dinheiro, sobre a
prosperidade. Ao colocar o dinheiro como o senhor de nossas vidas, estamos
recaindo na mesma idolatria que os ímpios judeus que Jeremias estava
criticando. E Jesus disse, que não podemos servir a dois senhores...
A
busca por prosperidade é uma busca ímpia, é procurar por meios humanos, o que
Deus prometeu como benção.
Por que os ímpios prosperam? Por que há injustiça no
mundo?
Os
dias atuais.
De
fato, a Bíblia nos ensina que Deus é o governante soberano do universo e de
todos os assuntos humanos, mas ao mesmo tempo, os seres humanos são
responsáveis, perante Deus, pelas escolhas morais que fazem e pelas ações que
realizam.
Deus
deu o governo do mundo para os homens. Os culpados de tantos males, somos nós
mesmos!
Deus deu domínio sobre tudo o que há na terra.
SL
115.16: “Os mais altos céus pertencem ao Senhor, mas a terra ele a confiou ao
homem.”
Jesus fala de uma parábola sobre arrendamento. Até que
chegue o governo de Jesus, a terra está arrendada ao homem. Mt 21. 33046.
Lc 4, fala sobre a tentação de Jesus
Lc
4. 5-6: “e o diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num relance todos os
reinos do mundo. E lhe disse: "Eu lhe darei toda a autoridade sobre eles e
todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso dá-los a quem eu
quiser".
Por
quem foi entregue a terra ao diabo? Por Deus? Não. Deus entregou esta
autoridade ao homem e o homem, através da queda, entregou a autoridade ao
diabo. “Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do
Maligno.”
(1 João 5:19).
Deus não tem prazer nas guerras, nas fomes, na miséria,
nas doenças. Esta não é a vontade de Deus. Mas nós, enquanto raça humana, os
ímpios que Jeremias fala, temos destruído a terra, enchido ela de injustiças. A
resposta de Deus é: todos pecaram, não há um justo sequer. Por isso, meu povo
sofrerá a correção na babilônia.
Atualizando, é como se chegássemos a Deus apontando as
injustiças no Brasil, como corrupção, pobreza, e todas as mazelas e Deus nos
dissesse: “Mas vocês são corruptos. Os políticos saem de entre vocês. Quando
vocês usavam meu nome para conseguir benefícios próprios, usavam o seu dinheiro
de maneira egoísta, não se preocupavam com o pobre na esquina, sempre
procuravam dar um “jeitinho” em tudo, vocês estavam sendo tão corruptos quanto
os políticos que estão representando vocês. Antes de qualquer coisa, diria o
Senhor, vocês devem passar por uma reforma, transformar todos os seus costumes,
voltar à verdadeira fé que eu apresentei através do meu Filho.”
“The prophetic word given in this tradition, rooted in
Yhwh’s own intentionality, is a massive refutation of the conventional faith of
Jerusalem, a refutation that will lead, so says the tradition, to the
destruction of the political-economic enterprise that is presumably grounded in
divine assurance.”
(Walter Brueggemann. The Theology of the book of Jeremiah, p. 64.
Temos respostas satisfatórias com Cristo, que para
Jeremias ainda não estavam disponíveis:
A.
Os valores abodados no
cristianismo não são temporais e físicos, mas eternos. Pessoas que sofrem
perseguição, derrota, frustração, sofrimento e até mesmo sofrimento físico e
morte são ordenados a lembrar: “grande é a sua recompensa no céu!” (Mt 5.12)
B.
A favor e a
prosperidade dos ímpios não são marcas da aprovação de Deus mas uma indicação
de sua misericórdia, pois Deus “é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos
cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro
3:9).
C.
A responsabilidade
humana.
D.
A grande verdade é que
as recompensas da vida eterna são tão grandes, superando até mesmo os limites
extremos da imaginação humana, que todos os sofrimentos, tristezas e limitações
que podem recair sobre a nossa vida terrena, hão de ser canceladas e anuladas
pela glória eterna. Como Paulo disse em Rm 8: 18: “Considero que os nossos sofrimentos
atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.
E.
Tudo gira em torno da
diferença entre o tempo presente e a eternidade. Quando os dois são comparados,
toda uma vida terrena é menos do que uma fração de um segundo em relação a
bilhões de anos. Para ganhar o grande prêmio da glória eterna com Cristo, mais do
que vale a pena suportar os encargos de qualquer desastre em nossa vida
terrena. Nenhum beneficiário de tal bênçãos deve ser perturbado por quaisquer
prazeres e prosperidades que os ímpios possam apreciar neste breve período da
vida terrena. (Coffman, James Burton. "Commentary on Jeremiah 12:1".
"Coffman Commentaries on the Old and New Testament".
"http://www.studylight.org/com/bcc/view.cgi?book=jer&chapter=012".
Abilene Christian University Press, Abilene, Texas, USA. 1983-1999.)
Portanto, mesmo que nos esforcemos, nossa própria força
só poderá atenuar as injustiças, nunca curar totalmente esta terra!
Mas Deus deixa uma nota de Esperança em Jeremias 23 (vamos
ler para finalizar!):
3 E
eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas de todas as terras para onde as
tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se
multiplicarão.
4 E
levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se
assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor.
5 Eis
que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo
rei, reinará e procederá sabiamente, executando o juízo e a justiça na terra.
6 Nos seus dias Judá
será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: O
SENHOR JUSTIÇA NOSSA.
Bom de mais !!!!
ResponderExcluirvaleu a pena ler ate o fim..pasar por cima de outros comentários rasos..
ResponderExcluirobrigado... A paz do Senhor!!!
ResponderExcluirBela explicação ....Deus é fiel
ResponderExcluirMinuncioso em suas palavras. Muito bom!
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