Na última postagem, vimos inicialmente o que significa ser integral, algo que olharemos mais detidamente à frente. Também percebemos que há uma crítica à interpretação marxista da sociedade, ao contrário do que muitos afirma acerca da TMI. Agora, avançaremos mais na direção da cosmovisão que permeia a Teologia da Missão Integral, enfocando na Salvação, o 4º ponto em nosso acróstico M.I.S.S.A.O, numa tentativa de repensarmos nossos conceitos com relação à esse complexo, mas importantíssimo, assunto.
4º Salvação (história da)
Talvez o autor que tenha mais contribuído atualmente para esse debate, aterrissando em uma concepção holística de missão, seja N. T. Wright e sua obra "Surpreendido pela Esperança". Já de início ele aponta: “Salvação” não é “ir
para o céu”, mas ser “ressuscitado para a vida no novo céu e na nova terra de
Deus.”. Quando recolocamos as coisas nestes termos, percebemos que o Novo
Testamento está repleto de pistas, sugestões e afirmações diretas de que a
“salvação” não é algo a ser desfrutado em um futuro distante. Podemos
desfrutá-lo aqui e agora (sempre parcialmente, é claro, uma vez que todos nós
ainda temos de morrer), antecipando no presente o que virá no futuro. “Nós
fomos salvos”, diz Paulo em Romanos 8.24, “na esperança”. O tempo do verbo
indica uma ação passada, algo que já aconteceu, referindo-se obviamente à fé e
ao batismo, mencionados por Paulo nesta carta. A salvação, no entanto,
permanece “na esperança”, porque ainda aguardamos com ansiedade a salvação
futura e definitiva, sobre a qual ele fala em (por exemplo) Romanos 5.9-10.
Isso explica por
que o Novo Testamento geralmente se refere à “salvação” e “ser salvo” como algo
que acontece em um corpo, no mundo presente. Alguns exemplos: Jairo suplicou a
Jesus por sua filhinha, com estas palavras: “Vem, impõe as mãos sobre ela para
que seja salva” (Mc 5.23); enquanto Jesus se dirigia à casa de Jairo para
salvá-la, a mulher com hemorragia pensou consigo mesma: “Se eu apenas lhe tocar
as vestes, ficarei curada” (v.28); “filha”, diz Jesus a ela após a cura, “a tua
fé te salvou” (Mc 5.23, 28, 34). É fascinante notar que passagens como essas –
e há muito mais – geralmente estão colocadas ao lado de outras que falam de
“salvação” em termos mais amplos, que parecem ir além da cura ou da restauração
física. Essa relação de contiguidade deixa alguns cristãos nervosos (afinal,
“salvação” para eles é uma questão espiritual), mas parece não ter perturbado a
igreja primitiva. Para os primeiros cristãos, a “salvação” definitiva estava
inteiramente relacionada ao novo mundo de Deus. Quando Jesus e os apóstolos
curavam pessoas ou eram resgatados de naufrágios, por exemplo, eles estavam
antecipando de maneira adequada essa “salvação” definitiva, essa transformação
que cura o espaço, o tempo e a matéria. O resgate futuro que Deus havia
planejado e prometido estava começando a se tornar realidade no presente. Nós somos salvos não como almas, mas como
seres integrais.
Para se tornar um verdadeiro ser humano, no
sentido pleno, a pessoa precisa ser “salva” no passado por meio da conversão,
no presente por meio de atos de cura e de resgate, inclusive em resposta à
oração “não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”, e no futuro,
quando ressuscitar dentre os mortos. E seres humanos genuínos, desde Gênesis 1,
recebem o mandato de cuidar da criação, de preservar a ordem e de estabelecer e
manter comunidades no mundo. Supor que somos salvos apenas para nosso próprio
benefício, para a restauração do nosso relacionamento individual com Deus (e
como isso é vital!) e para irmos para nossa morada final no “céu” (e como isso
é equivocado!) é comparável a um menino que ganha uma bola de futebol e insiste
que, como ela lhe pertence, só ele pode jogar. Certamente uma bola de futebol
só pode servir ao seu propósito quando outras pessoas também estiverem jogando.
Semelhantemente, a salvação só atinge seu propósito quando aqueles que foram
salvos, estão sendo salvos e que um dia serão plenamente salvos perceberem que
não são salvos como almas, mas como seres completos, não para si mesmos, mas
para aquilo que Deus deseja realizar por meio deles.
Quando Deus “salva”
pessoas nesta vida, operando por meio de seu Espírito para trazê-las à fé, e
conduzindo-as para seguirem Jesus no discipulado, na oração, na santidade, na
esperança e no amor, essas pessoas são programadas para serem um sinal e uma
amostra daquilo que Deus quer fazer no mundo todo. Além disso, essas pessoas
não devem apenas ser um sinal e uma amostra dessa “salvação” definitiva: elas
devem também ser parte do que Deus pretende fazer no presente e no futuro. É
sobre isso que Paulo está falando quando diz que toda a criação aguarda em
“ardente expectativa” – não apenas pela sua própria redenção, sua libertação da
corrupção e da obediência, mas também pela revelação dos filhos de Deus (Rm
8.19); pela revelação daqueles seres humanos remidos, por meio de quem a
mordomia da criação será por fim reconduzida à sabia ordem para a qual foi
criada. Como Paulo deixa claro que os que creem em Jesus Cristo e estão unidos
a ele por meio do batismo já são filhos de Deus, já estão “salvos”, essa
mordomia não pode ser adiada para o futuro definitivo. Ela deve começar aqui e
agora.
Da mesma forma já pensava René Padilla, em 1975,
quando escreve o artigo “O evangelho e a evangelização” (esta no livro Missão
integral. Ensaios...):
“O propósito da evangelização é, portanto, conduzir o homem não meramente a uma experiência subjetiva de salvação futura da alma, mas a uma reorientação radical de sua vida, a uma reorientação que inclui sua libertação da escravidão do mundo e seus poderes, por um lado, e sua integração ao propósito de Deus de colocar todas as coisas sob o governo de Cristo, por outro. O evangelho não se dirige ao homem em um vazio. Ele tem a ver com o movimento do homem da velha humanidade em Adão que pertence a esta era, à humanidade de Cristo, que pertence à era vindoura. A salvação não é exclusivamente o perdão dos pecados, mas também a transferência do domínio das trevas à esfera onde Jesus é reconhecido como kyrios de todo o universo: o Reino do amado Filho de Deus (Cl 1.13). (p. 38-39).
Neste sentido, a concepção de Reino de Deus é de fundamental importância para compreendermos nosso papel na Missão
Reino
de Deus.
No comecinho de Marcos, temos uma foto de um dia
na vida do Reino. Leiam Marcos 1. Em Mc 1.22 Jesus ensina na sinagoga. Mas
não somente dando informação, mas ensinando com tal autoridade e poder que as
pessoas ficavam maravilhadas. Este poder também é reconhecido por um demônio
(v.23), que Jesus prontamente manda embora (mais autoridade) e as pessoas novamente
ficam maravilhadas (v.27). elas também ficam maravilhadas com as novidades
espalhadas sobre Jesus. Após isto nós temos um relatório de muitas curas e
exorcismo (vs.29-34). Em suma: quando a ignorância é esclarecida, quando os
doentes são curados, quando a opressão demoníaca é subjugada, este é a vinda do
Reino. E isto somente acontece com Jesus. Certamente Jesus prega, mas ele é
mais, e faz mais do que pregar.
A confissão de Jesus Cristo como Senhor equivale à
afirmação de que o Reino de Deus se tornou uma realidade presente na história
na pessoa e obra de Jesus Cristo. O reino de Deus foi a mensagem central de
Jesus e ele é entendido para muitos teólogos como sendo uma realidade presente
e futura. Esta dupla dimensão do reino pressupõe que Basileia (“reino”, em grego) no Novo Testamento, como em muitos
casos malkut (“reino em hebraico) no
Antigo Testamento, tem um sentido dinâmico: significa: “soberania”, “domínio”
ou “governo”.
Paulo
diz:
“Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro;E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja.” (Efésios 1:20-22).
Isso é outro modo de afirmar que o Cristo
ressuscitado foi constituído “Senhor de tudo e de todos”, foi entronizado para
exercer, pelo poder de Deus, o governo de toda a criação (“todas as coisas”).
Assim, o senhorio de Jesus Cristo é a base tanto da
vida como da missão da Igreja. Na chamada “Grande Comissão”, de acordo com
Mateus 28.16-20, o mandamento para fazer discípulos é precedido pela afirmação
da soberania universal por parte do Cristo ressurreto: “Foi me dada toda a
autoridade nos céus e na terra – disse ele. Portanto, vão e façam discípulos de
todas as nações”. Porque Jesus Cristo é o Senhor de todo o universo, ele deve
ser proclamado como tal em todas as nações e, em todas elas, deve-se
prosseguir, até o fim, com a tarefa de formar discípulos que confessem seu nome
e vivam à luz dessa confissão.
Como diz René Padilla,
“a cristologia sintetizada na confissão “Jesus Cristo é o Senhor” se constitui,
assim, como base de uma eclesiologia que concebe a Igreja como a comunidade em
que se confessa e se proclama a Jesus como Senhor da totalidade da vida humana
e de toda a criação.” (Padilha, Uma eclesiologia para a missão integral, p.
49). Sem a proclamação de Jesus como Senhor, não há evangelho integral. Se
Jesus Cristo é o Senhor de todo o universo, a quem foi dada autoridade no céu e
na terra, sua soberania se estende tanto ao âmbito econômico como ao político,
tanto ao âmbito social como ao cultural, tanto ao âmbito estético como ao
ecológico, tanto ao âmbito pessoal como ao comunitário. Nada nem ninguém fica
excluído de seu senhorio. “A igreja integral é aquela que entende que todos os
âmbitos da vida são “campos missionários” e busca formas de afirmar a soberania
de Jesus Cristo em todos eles” (Padilha, Uma eclesiologia para a missão
integral, p. 50).
Segundo Wright, “Reino de Deus” e “reino do céu”
significam a mesma coisa, ou seja, o governo soberano de Deus que, de acordo
com Jesus, se manifestou e continua se manifestando no mundo presente, na
“terra”. Foi isso que Jesus nos ensinou a orar pedindo que venha. É a isso que
diz respeito a ressurreição, a ascensão de Jesus e o dom do Espírito. Seu
propósito não é nos levar para longe desta terra, mas nos tornar agentes da
transformação desta terra, antecipando o dia quando, como nos foi prometido, “a
terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is
11.9). Quando o Jesus ressurreto aparece a seus seguidos no final do evangelho
de Mateus, ele declara que toda a autoridade no céu e na terra lhe foi dada (Mt 28.18); quando João ouve as grandes vozes
no céu, elas dizem: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11.15; Mt 28.18). O que os
evangelhos estão afirmando – Mateus, Marcos, Lucas e João, mais o livro de Atos
– é que ele já começou.
"Construir em prol do reino"
“Não parece que estamos tentando
construir o reino de Deus por meio de nosso próprio esforço?” Dois pontos devem
ser esclarecidos neste sentido:
1)
Deus edifica o seu reino. Porém ele
ordenou o mundo de modo que sua obra fosse edificada pelos seres humanos,
criados para refletir sua imagem. “ser feito à imagem de Deus” significa que
Deus deseja que sua presença e seu poder sábio, criativo e amoroso sejam
refletidos ou “reproduzidos” no mundo por meio das suas criaturas humanas. Ele
nos recrutou para agirmos como seus mordomos no projeto de criação. Após o
desastre da rebelião e da corrupção, ele incluiu na mensagem do evangelho o
fato de que, por meio da obra de Jesus e do poder do Espírito, os seres humanos
foram preparados para auxiliar na tarefa de consertar esse projeto. Assim, a
objeção inicial quanto a tentarmos edificar o reino de Deus com nossos próprios
esforços, embora pareça humilde e piedosa, na verdade parece uma desculpa para
permanecermos omisso diante do chamado de Deus.
2)
Precisamos distinguir ente o reino final
e suas antecipações. A vinda final e conjunta do céu e da terra é o ato divino
supremo da nova criação. Somente Deus unirá todas as coisas em Cristo, no céu e
na terra. Só ele poderá criar “novos céus e a nova terra”. O que podemos e
devemos fazer no presente, se somos obedientes ao evangelho, se estamos
seguindo a Jesus, e se somos habilitados, fortalecidos e dirigidos pelo
Espírito, é trabalhar em prol do reino. Isso nos leva a 1 Coríntios 15.58: a
obra que fazemos no Senhor não é vã. E aqui cito uma das passagens mais belas
do livro de Wright:
“Não se trata de lubrificar as engrenagens de uma máquina que está prestes a cair em um abismo; nem de restaurar uma obra de arte que em breve será lançada ao fogo; nem de cultivar rosas em um jardim que em breve dará lugar a um prédio. Por estranho que possa parecer, e tão difícil de acreditar quanto a ressurreição, estamos realizando algo que se tornará, no devido tempo, parte do novo mundo de Deus. Todo ato de amor, gratidão e bondade; toda obra de arte inspirada por Deus e pela beleza de sua criação; cada minuto gasto ensinando um criança com sérias deficiências a ler ou a caminhar; cada gesto de cuidado e de atenção, de consolo e de apoio a um ser humano (e a criaturas não-humanas, é claro), cada oração, cada ensinamento conduzido pelo Espírito, cada obra que divulga o evangelho, edifica a igreja, abraça e incorpora a santidade, não a corrupção, e torna o nome de Jesus honrado no mundo – tudo isso terá seu lugar, pelo poder da ressurreição de Deus, na nova criação que ele um dia fará. Essa é a lógica da missão de Deus. A recriação divina de seu maravilhoso mundo, que começa com a ressurreição de Jesus e continua misteriosamente à medida que o povo de Deus vive no poder do Cristo ressurreto e do seu Espírito. Significa que o que fazemos em Cristo e por meio do Espírito no presente não será desperdiçado – permanecerá e será aperfeiçoado no mundo de Deus.”
A crença geral entre os primeiros cristãos
primitivos era que Jesus já havia demonstrado publicamente ser o Messias de
Israel e o Senhor verdadeiro do mundo por meio da ressurreição. Essa crença faz
parte da própria essência do cristianismo. Se de fato cremos nisso e oramos
para que o reino de Deus se estabeleça assim na terra como no céu, como ele
mesmo nos ensinou, não podemos fechar os olhos diante de toda a injustiça
presente no mundo. Devemos reconhecer que as coisas só serão verdadeiramente
endireitadas no último dia, e assim evitar um triunfalismo arrogante, que
imagina ser possível edificar o reino por meio de nossos próprios esforços, sem
a necessidade do grande ato divino da nova criação. Mas também devemos
concordar com a visão de que fazer justiça no mundo é parte da tarefa cristã, e
rejeitar o erro que diz que não devemos sequer tentar fazer alguma mudança.
“Se alguém está
em Cristo – é nova criatura!” (2Co 5.17).
O entendimento correto dessa passagem leva a
evitar três problemas que ocorrem geralmente no evangelismo:
1)
as pessoas precisam entender que para se tornar cristãs elas não precisam
rejeitar o mundo bom criado por Deus. O que elas precisam é rejeitar a
corrupção que tem seduzido o mundo e os indivíduos.
2)
entender o evangelismo como o anúncio do reino de Deus, do senhorio de Jesus e
da consequente nova criação evita desde o início qualquer sugestão de que o que
realmente importa é que o novo cristão tenha um relacionamento pessoal com Deus
ou com Jesus. (Alguns cânticos cristãos modernos parecem sugerir isso com muita
frequência, como se Jesus pudesse assumir o lugar da namorada ou do namorado).
O projeto do reino de Deus ultrapassa os limites da salvação pessoal para
abraçar, ou antes, ser abraçado pelos propósitos de Deus para o mundo inteiro.
Junto à “conversão” virá, então, ao menos em principio, o chamado para descobrir
onde, dentro do projeto total, podemos dar nossa contribuição.
3) colocar o
evangelismo e a conversão no contexto da nova criação significa que o
convertido, ou seja, aquele que ouviu a mensagem sobre a soberania e a salvação
de Jesus, nunca estará inclinado a pensar que o comportamento cristão – a
recusa de tudo que diminui a glória de Deus e o nosso crescimento como seres
humanos e a aceitação de tudo que ressalta estas coisas – seja algo opcional ou
apenas uma questão de esquivar-se de algumas regras e regulamentos bem
estranhos.
Falar do senhorio de Jesus e da nova criação, que resulta de sua
vitória no calvário e na Páscoa, significa confessá-los como Senhor, crer que
Deus ressuscitou dentro os mortos e permitir que ele transforme sua vida inteira.
Esse conceito de Reino de Deus nos leva a pensar no
poder do evangelho levado para a praça pública, como escreveu o fundador da
comunidade de Iona na Escócia:
“argumento simplesmente que a Cruz seja levada de novo no centro da praça publica assim como na torre da Igreja. Recupero a reivindicação de que Jesus não foi crucificado numa catedral entre duas velas, mas numa Cruz entre dois ladrões; no monturo da cidade; numa encruzilhada tão cosmopolitana que tiveram de escrever seu nome em Hebraico, Latim e Grego; no tipo de lugar onde cínicos falam indecências, ladrões praguejam, e soldados fazem apostas. Porque é lá que ele morreu e é por isso que morreu, e lá que os cristãos devem estar, e é por isso que devem viver.” (Macleod, George. Only one way left.)
Abadia de Iona, fundada em 563 d.C por Columba |
Rene Padilha diz que “o acomodamento da igreja ao
mundo se realiza principalmente por meio da redução do evangelho a uma mensagem
puramente espiritual, uma mensagem de reconciliação com Deus e salvação da
alma. Coerentemente com isto, define-se a missão da igreja exclusivamente em
termos de evangelização, entendida como a proclamação de que, em virtude da
morte de Cristo da cruz, a única coisa que se necessita para ser salvo é
“aceitar Jesus como seu suficiente salvador”. Isso separa fé do arrependimento,
os elementos “essenciais” do evangelho dos “não essenciais”, a salvação da
santificação. No nível mais básico separa Cristo como Salvador de Cristo como
Senhor. Isso produz um evangelho que permite que as pessoas mantenham valores e
atitudes predominantes na sociedade de consumo e, ao mesmo tempo, desfrutem da
segurança temporal e eterna que a religião lhes provê; que dividam sua vida
entre o compartimento da religião e o de suas atividades seculares. Supõe-se
que Deus tem algo a dizer a respeito da religião, mas não a respeito da vida
cotidiana; que tem interesse no culto, mas não nos problemas sociais,
econômicos e políticos, nos negócios ou nas relações internacionais.” (Missão
integral, ensaios, p. 65-66).
Não é a toa que esse
tipo de posicionamento produziu arrepios nos teólogos e missionários norte-americanos.
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